Poder observar e acompanhar o desenvolvimento intelectual e profissional de um jovem talento é um raro privilégio. Foi o que me aconteceu em relação a Tommy Akira Goto, durante estes últimos doze anos, em que temos compartilhado nosso mútuo interesse pelos estudos filosóficos e suas relações com a psicologia fenomenológico-existencial. Desde os primeiros contatos com ele, pude apreciar que estava dotado de um excepcional interesse pelas questões centrais suscitadas e elaboradas por E. Husserl e pelas maiores figuras do pensamento fenomenológico e existencial. Ele logo entendeu que uma das melhores vias de acesso aos temas centrais da psicologia era o método desenhado pelo pensador alemão. Também estava ciente de que a notória confusão que distinguia os mais variados enfoques sobre os temas vertebrais da psicologia derivavam do desconhecimento dos princípios básicos estabelecidos pela fenomenologia. A aplicação adequada desses princípios nos abre uma perspectiva extraordinária na (...)