Autor: RENATA PETRI
Psicanálise E Infância - Clínica Com Crianças
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Em todo caso, a escuta dos pais não serve como chave de leitura para a escuta do filho, podendo mesmo enviesá-la, o que contribui para a resistência na própria escuta analítica, impossibilitando a análise da criança. Durante o tratamento, o manejo transferencial dos pais é, portanto, muito delicado. Não raro, pais tomados de ansiedade requerem notícias do tratamento com alguma freqüência, ou ainda, querem contar ao analista episódios cotidianos que julgam importantes, compartilhando assim suas angústias com relação à criança. O analista deve ter cautela ao decidir acolher tais demandas, para não obstaculizar sua escuta da criança. Muitas vezes os pais precisam ser interditados nesse assédio ao analista para que a análise possa prosseguir. A regulagem ótima da participação dos pais entre uma certa implicação que permita a continuidade da análise e o barramento de uma invasão nociva à direção do tratamento só pode ser decidida na singularidade de cada caso. De qualquer modo, os pais, como referência de Outro para a criança, estarão sempre presentes na análise, e o distanciamento dos pais da realidade às vezes se revela necessário para a criança fazer sua própria interpretação dos pais.(m3/04dez15)
Ficha Técnica
Editora: COMPANHIA DE FREUD
Especialidade: PSICOLOGIA INFANTIL
ISBN: 9788577240425
Páginas: 0171
Ano: 2008
Edição: 1
Encadernação: Capa comum