A inigualável obra de João Guimarães Rosa encerra um enorme mosaico de questões a analisar e a investigar, incluindo eventuais debates. É ainda portadora de uma riqueza verbal sem precedentes em nossa literatura. Contam-se às centenas (ou mais) os artigos, as análises, os ensaios, as teses etc. sobre a obra rosiana. Agora, para nosso regozijo, surge o excelente trabalho de Marco Aurélio Baggio, Um abreviado do Grande sertão: veredas.

Como ótimo escritor, expoente da psiquiatria-psicanálise, e profundo conhecedor da obra de João Guimarães Rosa, Baggio disseca, equaciona e sintetiza os intricados meandros do grande romance. Detém-se, sabiamente, nas partes que merecem um andar mais vagaroso e um “psiu” de meditação.

Já no início de sua “fala”, enfatiza o maior valor poético e metafísico-religioso da obra, segundo instruções do próprio JGR ao seu tradutor italiano, apequenando outros ingredientes, como enredo e cenário. Nas numerosas páginas seguintes, que contrariam o título de “Um abreviado”, Baggio tece considerações amplas e profundas sobre miríades de aspectos do romance, tais como a situação psicanalítica do narrador, Deus e o demônio (95 cognomes do Diabo), a estrutura da obra, a síntese das características dos principais personagens, o “sertão interior e o exterior”, a escultura e o polimorfismo das palavras, os “amores” e a intertextualidade, a metalinguagem e os seus símbolos, as características geográficas, a biologia do sertão... enfim, uma dissertação inédita e da maior abrangência da obra capital de Guimarães Rosa.

Enveredar por Marco Aurélio Baggio é trilhar pela ciência e arte, autor que é de numerosos artigos publicados em revistas e jornais, de vários livros e poesias, além de ser membro efetivo de associações culturais, científicas e de exercer a psiquiatria com ética e competência.

Neste novo livro, Baggio, incorporado ao Autor, decodifica a extensa travessia de Grande sertão: veredas, valendo-se de sua profunda bagagem cultural e científica, permitindo aos leitores metabolizar a dimensão poético-metafísica do mestre Guimarães Rosa, gênio em cuja intimidade se vai penetrando, desde que pelejando.

O prognóstico para Um abreviado de Grande sertão: veredas é sucesso absoluto.

José de Souza Andrade Filho

Patologista. Membro da Academia Mineira de Medicina e da Sobrames-MG. Rosadicto.



A inigualável obra de João Guimarães Rosa encerra um enorme mosaico de questões a analisar e a investigar, incluindo eventuais debates. É ainda portadora de uma riqueza verbal sem precedentes em nossa literatura. Contam-se às centenas (ou mais) os artigos, as análises, os ensaios, as teses etc. sobre a obra rosiana. Agora, para nosso regozijo, surge o excelente trabalho de Marco Aurélio Baggio, Um abreviado do Grande sertão: veredas.

Como ótimo escritor, expoente da psiquiatria-psicanálise, e profundo conhecedor da obra de João Guimarães Rosa, Baggio disseca, equaciona e sintetiza os intricados meandros do grande romance. Detém-se, sabiamente, nas partes que merecem um andar mais vagaroso e um “psiu” de meditação.

Já no início de sua “fala”, enfatiza o maior valor poético e metafísico-religioso da obra, segundo instruções do próprio JGR ao seu tradutor italiano, apequenando outros ingredientes, como enredo e cenário. Nas numerosas páginas seguintes, que contrariam o título de “Um abreviado”, Baggio tece considerações amplas e profundas sobre miríades de aspectos do romance, tais como a situação psicanalítica do narrador, Deus e o demônio (95 cognomes do Diabo), a estrutura da obra, a síntese das características dos principais personagens, o “sertão interior e o exterior”, a escultura e o polimorfismo das palavras, os “amores” e a intertextualidade, a metalinguagem e os seus símbolos, as características geográficas, a biologia do sertão... enfim, uma dissertação inédita e da maior abrangência da obra capital de Guimarães Rosa.

Enveredar por Marco Aurélio Baggio é trilhar pela ciência e arte, autor que é de numerosos artigos publicados em revistas e jornais, de vários livros e poesias, além de ser membro efetivo de associações culturais, científicas e de exercer a psiquiatria com ética e competência.

Neste novo livro, Baggio, incorporado ao Autor, decodifica a extensa travessia de Grande sertão: veredas, valendo-se de sua profunda bagagem cultural e científica, permitindo aos leitores metabolizar a dimensão poético-metafísica do mestre Guimarães Rosa, gênio em cuja intimidade se vai penetrando, desde que pelejando.

O prognóstico para Um abreviado de Grande sertão: veredas é sucesso absoluto.

José de Souza Andrade Filho

Patologista. Membro da Academia Mineira de Medicina e da Sobrames-MG. Rosadicto.